SOCIAL

A Chegou o que Faltava têm realizado ao longo dos anos vários projetos sociais e culturais, que beneficiam os integrantes da agremiação e moradores da região de Goiabeiras e bairros vizinhos.

Um deles é o Projeto de Ritmista Mirim da Chegou, que em parceria com o Mestre Fernando Marins, ex-integrante da Grêmio Recreativo Escola de Samba União da Ilha do Governador, da cidade do Rio de Janeiro, fornece duas vezes por semana aulas de percussão gratuitamente. Não é raro nos depararmos com relatos de músicos que, a partir de experiências vividas, passaram a integrar projetos sociais com vistas à integração e socialização. A música tem sido um agente propiciador da ampliação de relações sociais, desenvolvendo a relação do individuo, consigo mesmo, com o outro e com a comunidade, assim, em áreas marcadas pelo preconceito, pela não aceitação e pela degradação das condições de vida, trabalhar com a arte, e em especial com a música, pode ser um grande passo para a construção da autoestima e, simultaneamente, para o resgate da consciência e do poder de transformação social.

O projeto tem por objetivos específicos:

  • Prevenir a violência e a criminalidade;
  • Proporcionar uma alternativa de ocupação saudável para jovens e adolescentes;
  • Estimular a descoberta de novos talentos nas comunidades;
  • Incentivar a profissionalização no ensino da música através da formação técnica de monitores, selecionados dentre os próprios alunos.


A prática musical, principalmente quando em grupo, além de desenvolver a musicalidade, autocontrole, autoestima e tantas outras potencialidades, é um propiciador de relações sociais harmonizadoras em vários níveis. De grande relevância social, o Projeto de Ritmista Mirim da Chegou é um projeto sócio educativo que utiliza a percussão como elementos de inclusão social. O projeto visa á inserção nas comunidades de Goiabeiras e bairros vizinhos, que possui alto nível de criminalidade. Assim essa prática vem enaltecer as capacidades e abrindo para eles um novo horizonte que se refletirá sem dúvida em sua vida pessoal.

Anualmente, a Chegou o que Faltava, também promove o evento SambAção da Chegou, que oferece atendimentos gratuitos em saúde, qualidade de vida e cidadania aos integrantes da agremiação e à comunidade da Grande Goiabeiras.

Outra ação é o Projeto Mix Fit com a Chegou, que em parceria com a academia Mix Fit, localizada em Maria Ortiz, possibilita a realização de atividades físicas para controle de peso, musculação, danças, além de palestras educacionais.

Em 2017, a Chegou o que Faltava fez uma campanha que arrecadou mais de 700 itens de higiene pessoal, entre outros donativos, que foram entregues à Acacci - Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil.

Em 2019, a Chegou o que Faltava fez uma campanha de mutirão de limpeza do manguezal de Goiabeiras, além da limpeza em si, o manguezal, é classificado como um ecossistema de transição entre os ambientes terrestre e marinho, é cenário de grande variedade biológica por conta de sua peculiaridade. Durante a ação foram encontradas garrafas, sacos plásticos, papéis, garrafas de vidro e até pneus, a ideia é visibilizar a ação expondo o material retirado em local visível da orla para que os moradores possam ver, se sentirem impactados e repensarem seus hábitos e sua relação com o entorno de Goiabeiras.

Para realizar sua missão e atender às necessidades da comunidade, a Chegou, necessita de recursos, infelizmente, é uma forma de organizar as ações para transformar determinada realidade social. Felizmente, em parceria com a Faculdade Multivix de Goiabeiras, a Chegou o que Faltava promoveu, em 2018, o Projeto Odontologia da Chegou, levando 30 crianças com idades entre 3 e 10 anos, acompanhadas de monitores voluntários, até a faculdade, onde tiveram a oportunidade de assistir uma peça teatral sobre educação em saúde, passar por exame das condições de cárie e evidenciação de placa bacteriana, além de escovação supervisionada e atividades de recreação.

A participação nestes projetos sociais não pressupõe que seus beneficiários possuam vínculos com a Chegou o que Faltava, nem mesmo as oficinas de instrumentos musicais que compõem a bateria, não garante e muito menos obriga o aluno a participar da bateria oficial da escola, posteriormente. Desta forma as ações das escolas de samba possuem duas vertentes bem definidas: ações socioculturais e educativas não interferem na preparação do desfile e vice versa. O próprio calendário da escola de samba é planejado de tal forma que às vésperas do desfile, os projetos sociais estejam em recesso.

Importante destacar, que desde 2014, a Chegou o que Faltava faz campanhas educativas de prevenção, tendo como objetivo alertar a população, sensibilizar e principalmente a importância e os cuidados. As campanhas Educativas têm por objetivo oferecer informações corretas e atualizadas a um grande número de pessoas, visando conscientizar, mudar comportamentos, atitudes e práticas ligadas à prevenção de suas vulnerabilidades, cuidados com a saúde, empoderamento, exercício dos direitos e enfrentamento das violências e desigualdades.

As ações sociais desenvolvidas pela Chegou se constituem como elementos importantes e contribuem para a criação e manutenção dos vínculos entre a população do entorno e a entidade. Essa aproximação leva à compreensão de que a escola de samba como entidade organizada pode ter múltiplas funções. Essas ações revelam a criação de solidariedades e a ampliação de horizontalidades, tanto no bairro como a cidade, onde é possível observar uma rede de relações horizontais formada pelo conjunto das agremiações que agem nesse sentido, as quais se utilizam dos novos conteúdos, materiais e imateriais, para promover essas ações que se caracterizam como contra racionalidades ou racionalidades paralelas. Esse processo corrobora a ideia de que sua compreensão, bem como de outras manifestações culturais, é de fundamental importância para o entendimento da cidade.

Estas iniciativas potenciam a cidadania e consciência social dos indivíduos, envolvendo-os na construção de um futuro melhor. Tais ações contribuem para formação profissional e social em nossa comunidade, que inclusive representa retorno financeiro para os munícipes e comunidades locais.